quinta-feira, 13 de junho de 2024

LIVRO NOVO CHEGANDO!




A INVENÇÃO DE SANTA CRUZ
Romance de Pawlo Cidade


“A HUMANIDADE É FEITA DE NUANCES E A VIDA 

É O MAIOR MILAGRE DE TODOS”.



ÀS VÉSPERAS DE COMPLETAR 500 ANOS, Santa Cruz, a cidade que ainda insiste em ser chamada de povoado, vive dias de calamidade e corrupção: seca, pestes e eleições. Habitada por personagens que parecem ter saído do Auto da Barca do Inferno, cada um com sua iniquidade e sua alegação, em seu jeito e trejeito, em sua cor e costume, sem tirar nem pôr, moradores de um povoado que um dia o mar haveria de engolir. Mas até lá — repetia Mariazinha Linguado — a gente vira peixe!

E quem disse que seu povo está preocupado com lendas e histórias? Qualquer coisa é motivo de comemoração, de despir o luto. Abaixo a tristeza! Não tem acontecimento, causo, aniversário, batizado ou chegança em que o povo não caia na gandaia. Inclusive para festejar as intempéries da vida. Santa Cruz enfrentava os momentos desfavoráveis e as desgraças com alegria. Não tinha infortúnio certo.

No povoado onde peixe tem nome de homem e homem tem nome de peixe, repleto de indivíduos de alta estirpe, que dizem possuir valores firmados na verdade, personalidade, hospitalidade e autenticidade — Senhor, tende piedade deles! —, paradoxalmente, o absurdo se faz cotidiano quando alguém é capaz de gastar dois reais apenas para evitar que o outro ganhe um. É o local onde nem todo filho de peixe, peixinho é, onde as lições de hereditariedade não se aplicam à índole e ao caráter. 

Nesse espaço ímpar, descobrimos que as más influências estão por toda parte, quase palpáveis, como o odor forte do mercado de peixe da Central de Abastecimento, ao qual, inacreditavelmente, todos vão se acostumando. É o ar que respiramos, uma realidade que imperceptivelmente se entranha na gente.

E é no seio desse povoado, que cada um de nós acaba por se tornar o "peixe" de alguém, numa teia de interdependências e influências mútuas, onde cada ação e decisão reverbera através do coletivo. Às vezes somos a presa, em outros momentos, somos o predador, mas sempre fazemos parte desse ecossistema humano carregado de contradições e encantos. Aqui, no povoado dos absurdos, cada dia é uma nova revelação de que a humanidade é feita de nuances e a vida é o maior milagre de todos.

PRÉ-VENDA. Já está aberta a pré-venda que vai até o dia 23 de junho (dia do meu aniversário!!!). Nas compras antecipadas o livro sai no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais). Na data do lançamento, dia 25 de julho, na Academia de Letras de Ilhéus, o livro vai custar R$ 65,00. Compras podem ser feitas através do PIX (73) 9.9998.2555, em nome de João Paulo Couto Santos. O comprovante deve ser enviado pelo direct (Instagram) ou para o zap (73) 9.9154.7019. Se preferir pode também ser encaminhado para o e-mail: dimensoesculturais@gmail.com 


PAWLO CIDADE nasceu em 1968, em Ilhéus (BA) , e, além de escritor, é também articulista, gestor cultural e professor. Publicou mais de vinte livros, entre romances, teatro, gestão da cultura e novelas juvenis. É membro da Academia de Letras de Ilhéus, onde foi presidente por dois mandatos.



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