“Durante a escrita de "Rio das Almas", cheguei ao ponto de achar que já havia escrito tudo. Mas aí vem as pistas que foram deixadas nos primeiros capítulos, os mistérios que ainda não foram revelados, um personagem-chave que foi citado em um determinado capítulo que precisa ser evidenciado e a decisão mais difícil: como terminar o que se começou. Ando de um lado a outro do meu espaço de escrita, deixo o romance curar, embaixo da fluorescente, como se ele estivesse defumando sob a luz do sol. Em situações assim, Gabriel García Marquez pedia logo uma rosa amarela. Uma das muitas superstições do Gabo. Ele tinha as crendices, eu tenho Deus. Quem não tem Deus, tem crendices, a vida é assim. De súbito, nem mesmo terminei Rio das Almas e já surge a ideia de um novo romance. Pego meu bloquinho de notas, escrevo o título e uma pequena estrutura dos primeiros personagens. Retomo a trajetória de Deocleciano, protagonista de Rio das Almas, e descubro que, assim como os meus personagens, também esqueci de contar a história que dá título ao romance. E aí volto a trabalhar escrevendo que "DESDE QUE AS PESSOAS COMEÇARAM A ESQUECER DAS COISAS, ninguém mais se lembrava porque o rio das Almas se chamava Rio das Almas. Viva a literatura!.” (Pawlo Cidade)
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