Texto: Pawlo Cidade
Deadpool: Marca registrada da Marvel
Jorge Amado: Foto de Mario Ruiz
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Prédio da Biblioteca Pública Adonias Filho, Praça Castro Alves, Ilhéus/BA.
Abandonado pelo governo atual.
Até quando permaneceremos omissos ao descaso com que nosso patrimônio cultural vem sendo submetido? Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio, autor do clássico “As Veias Abertas da América Latina” estava certíssimo quando disse que “vivemos em plena cultura da aparência”. Observe: “o contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral importa mais que o morto, as roupas importam mais do que o corpo, e a missa importa mais do que Deus”.
Na educação da Bahia, diga-se de passagem, o resultado é mais importante que o processo. Claro que ter muitos alunos com capacidade de leitura, escrita e interpretação de texto aprovados é um sonho de resultado. Mas para se chegar a isso muitos aspectos devem ser observados, sobretudo, o trabalho exaustivo da professora em sala de aula. Mas seguindo a ideia de Galeano e não a fala dele, a escola que reprova alunos é uma escola autoritária. Como é que é? É!... E quem disse que é você, professor, professora, que decide que o aluno deve ou não passar de ano? Hein, Naninha? Rapaz, esta declaração dada pelo nosso governador me trouxe a lembrança a frase célebre e cirúrgica do saudoso Octávio Mangabeira, que governou a Bahia de 1947 a 1951, que diz: “Pense num absurdo, na Bahia tem precedente”.
Mas na retomada desta minha escrita neste programa, meu foco é o prédio escolar General Osório que funcionou como escola pública durante mais de oitenta anos. Depois se transformou na casa do livro e da leitura, a Biblioteca Pública Adonias Filho e o Arquivo Público Municipal João Mangabeira. A aparência que se tem da Biblioteca, hoje abandonada, portas fechadas, janelas desabando, livros espalhados pelo chão, mofo, ratos, baratas e festa das traças é que os responsáveis por fazê-la ressurgir das cinzas são uns ignorantes. É até ofensivo afirmar isso. Ignorantes. Mas a ignorância, não é Ediel?, muitas vezes, é a única cultura que algumas pessoas tem. E, não tenho nenhuma dúvida que elas sabem que “a cultura de um povo é o seu maior patrimônio”. O que dizer então de uma biblioteca pública?
Posso dizer uma coisa, Vila? O prédio centenário já ruiu. Desabar é só uma questão de tempo. E você pensa que vão erguer uma biblioteca novinha, cheia de livros cheirosos, esperando os mais ávidos leitores e pesquisadores para folheá-los? De-sis-ta. Quando isso acontecer, no dia seguinte, uma rede de fast food se apropria do terreno e deixa apenas um pedaço da fachada, de preferência a que está escrito “Sexo Masculino” de um lado e “Sexo Feminino” do outro. Mas quem disse que se honra a cultura, preservando a sua fachada? Quem disse que se honra a cultura, distribuindo migalhas? Quem disse que se honra a cultura, comercializando as praças? Quem disse que se honra a cultura, aparelhando sua estrutura? Eu não disse. Se você disser que eu disse, eu digo que é mentira.
E, por fim, parafraseando uma grande escritora nigeriana, autora de “A coisa à volta do seu pescoço”, entendedores entenderão, a biblioteca não faz as pessoas. As pessoas fazem a biblioteca. Se uma cidade inteira de leitores, artistas, professores, profissionais liberais, jornalistas, advogados não fazem parte da biblioteca, então deixem ela ir ao chão.
As pessoas criticam tanto a falta de esgoto na sua rua, a lâmpada que queima toda semana no seu bairro, o lixo que não é recolhido, a falta de professor na escola e a mãe de Pantanha que não deu bom dia a você quando cruzou a esquina, por que não critica o pouco investimento que este governo faz em cultura?
Naninha, Seu Jorge, Dudu, Vila, investir em cultura não é caridade. É uma necessidade essencial para a vida do cidadão. Prova disso foi a pandemia, que, pelo visto, muita gente já esqueceu.
Enquanto isso, fiquem sem teatro, sem biblioteca, sem arquivo público, sem circo, sem nada. Um povo sem cultura é como mula no cabresto. A gente leva para onde quer. Mas se a mula se retar, sai de baixo!
Em meados de 1960, seringueiros, caucheiros, madeireiros e pescadores em Canutama, Amazônia, às margens do rio Assuã, quase exterminaram o povo juma. Aruká Juma era um dos sobreviventes da sua etnia. O indígena morreu aos 86 anos, vítima de complicações da coronavírus, no dia 2 de fevereiro de 2021. Foi a partir deste acontecimento que Pawlo Cidade (55), autor ilheense, membro da Academia de Letras de Ilhéus, ficcionou “A última flor juma”. A história é dedicada a Aruká Juma e todos os povos originários.
“A última flor juma” narra a saga de um pai e três filhas vivendo a beleza e as agruras da vida na Amazônia. Aruká Juma, remanescente da etnia Juma, e suas meninas Estrela D’água, Filha Branca e Menina do Rio lidam com um mundo em contradição. De um lado, a exuberância da floresta, a harmonia da natureza e a magia das histórias. Do outro, a violência e a opressão de contrabandistas, seringueiros, grileiros e madeireiros que se apossam da terra e do trabalho de indígenas, ribeirinhos e pequenos agricultores. A última flor juma é uma história de amadurecimento, uma crítica social contemporânea e uma ode às tradições populares da região amazônica.
Pawlo Cidade (55) é também pedagogo, dramaturgo e gestor cultural. Autor, dentre outros, de “O colecionador de lembranças” (TPI Editora), “O tesouro perdido das terras do sem-fim” (A5/Via Litterarum Editora) e “Rio das Almas (Chiado Books). “A última flor juma” é também um manifesto contra todos os que querem sufocar, matar as cantigas, a história e a voz dos povos originários”, afirma o autor.
O livro, exclusivamente em e-book, está disponível à venda na Amazon desde o dia 26 de agosto, ao preço de R$ 24,99. Para os assinantes da kindle unlimeted o acesso é gratuito. Não é necessário ter um kindle para baixar o livro. Você pode lê-lo através do celular, tablet ou notebook. Basta baixar o aplicativo Amazon Kindle gratuitamente no Play Store. “A última flor juma” concorre ao Prêmio Kindle de Literatura.
A última flor juma narra a saga de um pai e três filhas vivendo a beleza e as agruras da vida na Amazônia. Aruká Juma, remanescente da etnia Juma, e suas meninas Estrela D’água, Filha Branca e Menina do Rio lidam com um mundo em contradição. De um lado, a exuberância da floresta, a harmonia da natureza e a magia das histórias. Do outro, a violência e a opressão de contrabandistas, seringueiros, grileiros e madeireiros que se apossam da terra e do trabalho de indígenas, ribeirinhos e pequenos agricultores. A última flor juma é uma história de amadurecimento, uma crítica social contemporânea e uma ode às tradições populares da região amazônica.
"O Dia Nacional do Escritor surgiu por meio de uma portaria, assinada em 21 de julho de 1960, do então ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido (1904-1967). A escolha do dia 25 de julho para a comemoração do Dia Nacional do Escritor ocorreu porque, naquele ano, nessa data, seria realizado o I Festival do Escritor Brasileiro, no Rio de Janeiro, promovido pela União Brasileira de Escritores (UBE), cujo vice-presidente era o escritor Jorge Amado (1912-2001)."
"Assim, o ministro, por considerar o 25 de julho uma data significativa em função da realização do festival patrocinado pela União Brasileira de Escritores (UBE) e pelo fato de que, segundo ele, essa instituição “tem prestado à cultura nacional relevantes serviços, estimulando as letras e defendendo os direitos de quantos a elas se consagram”, instituiu o Dia Nacional do Escritor, com o objetivo de homenagear escritores e escritoras de todo o país."
FONTE:
Veja mais sobre "25 de Julho — Dia Nacional do Escritor" em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-escritor.htm
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