História em quadrinhos que os adolescentes fizeram sobre mim
O dia em que todos os jovens descobrirem que a leitura engrandece a alma,
abre portas e apresenta o conhecimento, não teremos mais problemas com drogas,
violência e preconceito. Acredito que os professores do distrito de Castelo
Novo, (distante 25km do centro de Ilhéus) sobretudo a educadora Rita, pensa
assim. O programa de incentivo a leitura e valorização do autor regional é
sempre um trabalho de conclusão das atividades letivas naquele lugar. Pela segunda
vez sou o autor escolhido para mostrar aos jovens que ler é sempre uma viagem,
uma aventura ao conhecimento, uma janela para alma.
Os meninos e as meninas, do sexto ao nono ano, criam paródias, escrevem
poemas e músicas, fazem teatro e até dançam retratando as obras que eles leram
durante todo o semestre. Ficam ainda mais encantados quando descobrem que em O
Tesouro Perdido das Terras do Sem Fim parte da trama se passa em Castelo Novo,
na fazenda Almada. Explico-lhes que a beleza do lugar está tão perto de nós que
passamos despercebidos. A estrada, o rio, a colina, a velha usina, o cemitério,
a fazenda, a antiga estação e até mesmo o velho casario tem sua beleza.
Professora Rita
Rita consegue fazer os olhos daqueles jovens e adolescentes brilharem. Ela aponta caminhos, emociona, produz, dirige e atua no cenário educacional como um sacerdócio. Carregou a escola nas costas quando todos os professores saíram. Não queria que o estabelecimento fechasse e que os sonhos daqueles jovens fossem enterrados. São educadoras como Rita que nos estimulam a acreditar num País leitor.
“Para a alma valer a pena nós devemos abrir a nossa alma para a leitura,
para nossa alma ficar maior,” escreve Catilene, uma jovem de 14 anos,
determinada, extrovertida e comprometida com o que acredita. Assim como ela,
Bianca, Daniel, Ingrid, Samuel, Ana Kariza, Naila, Ailson, Cleiton, Vinicius,
Milena (que ao lado de João Batista e Larissa Melo criaram uma história em
quadrinhos sobre meu trabalho), Elivana, Mariane, Nátila, Viviane, Marília,
Fabrini, Alan, Thaís, Brenda, Daniela, Jeciane, Caline, Gleice Kelly, Vanessa,
Ariana, Maiana, Tainara, Cauana e Emerson estão firmes, apesar da comunidade
faltar energia dia sim, dia não e água (que abastece Itabuna) estar ausente
também nas torneiras acompanhando a energia.
É claro que Rita, sozinha, não conseguiria envolver até mesmo a
comunidade. Ela contou com Valéria (diretora), Aline (supervisora), Marta,
Adriana, professoras, as quituteiras de Castelo, os pais dos alunos e muitos
outros.
Castelo Novo é logo ali. É terra de povo hospitaleiro, rio bonito, gente
abençoada e uma juventude que vê na leitura um caminho para a construção de seu
futuro. Parabéns!
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